terça-feira, 5 de junho de 2012

Professores da UFABC entram em greve; pelo menos 47 universidades federais aderiram à paralisação


Os professores da UFABC (Universidade Federal do ABC), em São Paulo, entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (5). Com isso, o número de universidades federais paradas sobe para 47, sendo que na UFBA (Universidade Federal da Bahia) a paralisação foi deflagrada, mas um referendo, realizado ontem (4) e hoje, definirá se a greve será total
Segundo Armando Caputi, presidente do Adufabc (Associação dos Docentes da UFABC), o indicativo de greve foi votado no dia 31 de maio e confirmado em assembleia realizada hoje pela manhã. As reivindicações são as mesmas do movimento nacional: "Há demandas locais que serão discutidas no movimento de greve", afirmou.
Além das universidades, três institutos federais também aderiram à paralisação. A pauta nacional, segundo o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), é a luta pela reestruturação da carreira de docente e por melhores condições de trabalho.

SAIBA QUAIS INSTITUIÇÕES ADERIRAM À GREVE

Norte
Ufac (Universidade Federal do Acre)
UFRR (Universidade Federal de Roraima)
Unir (Universidade Federal de Rondônia)
UFPA (Universidade Federal do Pará), campi Central e Marabá
Ufra (Universidade Federal Rural da Amazônia)
Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará)
Ufam (Universidade Federal do Amazonas)
Unifap (Universidade Federal do Amapá)
UFT (Universidade Federal do Tocantins)
Nordeste
UFBA (Universidade Federal da Bahia)
UFPE (Universidade Federal de Pernambuco)
Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco)
UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco)
UFPI (Universidade Federal do Piauí)
Ufersa (Universidade Federal Rural do Semi-Árido)
UFPB (Universidade Federal da Paraíba)
UFCG (Universidade Federal de Campina Grande), campi central, Patos e Cajazeiras
UFMA (Universidade Federal do Maranhão)
Ufal (Universidade Federal de Alagoas)
UFS (Universidade Federal de Sergipe)
IFPI (Instituto Federal do Piauí)
UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano)
Centro-Oeste
UnB (Universidade de Brasília)
UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados)
UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso), campi Central e Rondonópolis
UFG (Universidade Federal de Goiás), campi Catalão e Jataí
Sudeste
UFABC (Universidade Federal do ABC)
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo)
UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora)
Unifal (Universidade Federal de Alfenas)
IF Sudeste de Minas (Instituto Federal do Sudeste de Minas)
UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro)
UFU (Universidade Federal de Uberlândia)
UFV (Universidade Federal de Viçosa)
Ufla (Universidade Federal de Lavras)
Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto)
UFSJ (Universidade Federal de São João del Rei)
UFVJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri)
Cefet-MG (Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais)
UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro)
UFF (Universidade Federal Fluminense)
UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo)
Sul
Unipampa (Universidade Federal do Pampa) - campi Itaqui, São Borja, Dom Pedrito
Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana)
UFPR (Universidade Federal do Paraná)
UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)
Furg (Universidade Federal do Rio Grande)
UFSM (Universidade Federal de Santa Maria)
  • Fonte: Andes-SN e sindicatos
Os docentes da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e da Unifei (Universidade Federal de Itajubá) votaram indicativos de greve para o dia 12 de junho e fazem assembleias nessa data para decidir sobre a paralisação.

Proifes também pode parar

Os sindicatos filiados ao Proifes-Federação (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior) estão com indicativo de greve para o dia 15 de junho e devem realizar um plebiscito sobre o assunto no dia 12 do mesmo mês. Segundo o órgão, o indicativo de greve só será revertido caso o governo dê sequência à reestruturação das carreiras e à equiparação salarial.
Caso o Proifes também entre em greve, instituições como a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e UFCSPA (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre) poderão ser afetadas.

Negociação

Segundo a assessoria de imprensa do MEC (Ministério da Educação), o ministro Aloizio Mercadante teve uma reunião com dirigentes do Andes-SN nesta manhã e informou que as negociações foram retomadas por ordem da presidente Dilma Rousseff, que teria pedido "prioridade em educação".

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